domingo, 11 de setembro de 2011

PALAVRAS EXPOSTAS PELO CORAÇÃO...


Hoje venho importunar-vos com uma história de vida... Não me perguntem porque o decidi fazer...Como já devem ter reparado eu sou pouco de falar de vidas pessoais...Mas o meu coração decidiu que hoje era o dia de vos contar esta história...Era uma vez uma menina, que desde os 8 anos de idade, padeçia de uma patologia semelhante á diabetes que faz com que seus niveis de açucar no sangue desçam repentinamente e conduzam ao coma pleno...Não usei esta história, para que tenham pena da menina...Apenas para vos contar que devido a essa situação desde criança toma uma medicação semelhante á insulina mas que serve no seu caso para aumentar os niveis de açucar no sangue para que os comas que tem não sejam tão frequentes...A menina é hoje uma mulher, que aprendeu a lidar com isto desde criança...Mas vocês sabem como são as crianças, muito queridas; mas tbm muito intolerantes umas com as outras e no que toca a criticas e a preconceito, criança tal como adulto não fica de fora...Pois é amigos com 8 anos a menina via seus coleguinhas de escola chamarem-lhe  nomes feios, acusando-a de ser drogada (visto que a medicação que toma, tal como a insulina é ingetável...E sempre tem de tomar ás refeições)...Enfim cada vez que tinha um coma na escola (e eram frequentes) os "vidros da sua janela" eram apedrejados constantemente com insinuações, com preconceitos, com defenições, com perguntas, com coisas que em nada serviam para ajudar a sua  situação...Quero com tudo isto dizer que usamos muitas vezes como arma a difamação, a calúnia, a intolerância, o perconceito, a incapacidade de não viver-mos as nossas próprias vidas e sempre querer-mos viver a vida dos outros...Pensando que com isso não trazemos problemas para aqueles a quem calúniamos, a quem difamamos, a quem olhamos de lado...Nada disso é verdade...Posso garantir-vos que actualmente a menina-mulher nunca esqueçeu deste pedaçinho da  sua história de criança...As calúnias muitas vezes proferidas por seus amiguinhos foram ocupando os seus ouvidos...E com o passar do tempo foram ganhando espaço na sua cabeça...Foram fazendo com que ela se sentisse cada dia mais triste, mais diferente, mais desinteressante, menos importante para o mundo e para a vida daqueles que a rodiavam...Graças a Deus tinha uma ótima familia que sempre a apoiou e que fez de tudo com todos os meios para que a menina levasse a ajuda necessária para ultrapassar todo o preconceito, toda a calúnia e viesse a crescer num ambiente saudavél; coberta de amor...Hoje posso dizer que não existe ninguém a quem ela ame mais do que a si mesma (só assim pode amar os outros), a admiração que tem por si mesma é imensa, a sua auto-estima é completa e preenche-a!...Se comento com vocês tudo isto faço apenas por um motivo amigos...Quantas vezes nas nossas vidas nós calúniamos, difamamos, acusamos, apontamos o dedo, sem saber de nada sobre a vida dos outros? Será que paramos para pensar no quanto essas coisas poderão fazer mal para a vida daqueles irmãos de jornada a quem ofendemos com nossas palavras impensadas, com nossos comportamentos inreflétidos?! Porque nos preocupamos com a vida dos outros; se tantas vezes, nem da nossa própria vida sabemos cuidar? Para terminar queria apenas pedir que todas as vezes que for falar de alguém, que for apontar o dedo a alguém, que for difamar a vida de alguém, que for prejudicar a vida de alguém, se imagine a si mesmo(a); como uma pequena criança indefesa...Não uma criança qualquer, mas a mais feia que você possa imaginar...Com verrugas, com óculos de lente dupla, com sinais estranhos no rosto, com muita gordura, com cabelos de mil cores (porque não?)...Enfim imagine que você é a coisa mais feia e diferente que alguma vez se possa ter pensado existir...E imagine como seria se vc fosse assim e os outros ao seu redor decidissem comentar sobre você, xingar daquilo que  você é...Imagine também qual o efeito que isso iria causar na sua vida...Depois de fazer isto; diga-me apenas se aínda tem vontade de fazer o mesmo com os seus semelhantes?! 

(Autoria: Rómy Pinto - 11/09/2011)

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