Hoje despertei sem forças e sem vontade de caminhar... Existem dias assim... Tristonhos, sem luz e sem cor... Parei um pouco para pensar no dia que me esperava do lado de fora da minha janela... Confesso que ao abrir a janela, deparei-me com um triste céu cinzento, a chuva caía e o frio gelava os ossos... Um dia igual á minha alma... Tristonho e sombrio, sem brilho e sem motivos para sorrir... São leves sentimentos que nos invadem o espiríto... São leves sentimentos que tomam conta do nosso ser... Depressa procurei encontrar um motivo que me desse ánimo, que me fizesse sentir feliz... Confesso que do geito que me sentia, era muito difícil encontrar algo bom... Mas de repente acordei para a vida... Percebi que tinha muito mais motivos para sorrir do que para me fazer chorar... Encarei a chuva que caía do lado de fora da vidraça, como uma benção divina, que lavava a alma da terra... Coloquei o meu rosto um pouquinho para fora da vidraça da minha janela... Pude sentir leves gotículas sobre a minha face... Era como se de repente aquela chuva que lavava a alma da terra, também fosse capaz de tocar no mais intímo recanto da minha alma... Lavando-a também, desses leves sentimentos triste que me invadiam e me traziam a vontade de chorar... Sacudi a cabeça, e meti-a de novo para dentro da vidraça da minha janela... De repente senti uma leveza enorme... havia sido purificada pela força daquelas gotas de chuva, que Deus havia colocado hoje no céu... Saí livre, leve e solta, pronta para um novo dia renascido e lavado diante de mim!!!
(Autoria: Rómy Pinto)
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